sábado, 15 de novembro de 2008

Os melhores clipes




Tentei fazer essa lista por diversão, e isso só provou que, apesar de ser uma arte instigante, no seu melhor criativa e cheia de possibilidades, é um formato decadente e mal aproveitado (o que prova a dificuldade de achar peças boas o bastante para integrar a lista)

Em tempo: essa é apenas a minha lista... E amanhã poderia ser outra...

Sem ordem de espécie alguma:

Madonna - Like a prayer
Red Hot Chilly Peppers - Californication
Dire Straits - Brothers in arms
Beastie Boys - Sabotage
Beatles - Free as a bird (eles conseguiram entrar até aqui...)
Peter Gabriel - Sledgehammer (o único que comento: o melhor de todos os tempos)
A-ha - Take on me
Michael Jackson - Thriller
O Rappa - A minha alma (ói nóis aí também...)
Racionais - Diário de um detento
Will Smith - 2K
Coldplay - The Scientist
Skank - Mandraque e os cubanos
Dee Light - The groove is in your heart (será que é isso?)
Queen - Save me
Prodigy - Smack my bitch up
U2 - Stay
REM - Imitation of Life
Chemical Brothers - Let forever be: http://www.youtube.com/watch?v=eHpgycHaK_8
Oasis - Stand by me

Abraços a todos!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Tia Alda

Minha tia Alda deixou o mundo físico ontem, em sua casa (para a qual acabara de mudar-se, havia um mês) na qual morava sozinha. Parece que tomava café (havia uma casca de banana em cima da mesa e uma faca de pão em suas mãos), passou mal e caiu da cadeira. Coração, aparentemente... Foi encontrada por meu primo, Afraninho. Que ela esteja em paz...
Tia Alda nasceu em Nepomuceno, Minas Gerais, e veio com a família de mala e cuia para São Paulo. Era a segunda mais velha de quatro irmãos: minha tia América, ela, meu pai (já falecido) e o mais novo, este nascido em Pederneiras, Afrânio.
Sei que ela se casou ainda jovem com o Ribeiro, do qual me falaram que era uma pessoa muito boa, espírita, que gostava de festas e tudo o mais. Teve ainda uma filha, da qual não me recordo o nome, pois ela sempre se referia a ela com o apelido de Peixinha (acho que por ser do signo de peixes). A vida tirou-lhe rapidamente esta família recém-construída: o marido, por ataque cardíaco; a filha, por alguma doença infecciosa (coqueluche, talvez?). Nascida Alda de Oliveira, manteve até o fim o nome de casada, Alda Ribeiro da Luz.
Luz, realmente ela a tinha! Quando jovem, era uma mulher vistosa, que gostava de se arrumar bem, de jóias, de unhas pintadas de vermelho escuro, sempre bem grandes, de maquiagem e perfumes. Ao que consta, gostava muito de sair pra dançar e tudo o mais. Com tudo isso, não faltaram pretendentes, mas o único que a levou a se casar foi o Ribeiro. Depois dele, a viuvez, sem marido, sem filhos.
De sua vida profissional, lembro-me vagamente de ela ter trabalhado de copeira, se eu não me engano. Há tempos estava aposentada. Morou muitos anos de sua vida no Bixiga, numa casa alugada, primeiro com meu tio Afrânio, depois com meu pai, e por fim, sozinha. Apesar da idade, não queria morar com ninguém... Mudou-se dessa casa há um mês, como eu disse antes.
Minha tia era minha madrinha de batismo e gostava de referir-se a mim como seu afilhado! Quando eu era criança muito pequena, lembro de que ela gostava muito de passear comigo, me fazendo as vontades e me comprando doces! Um dos nossos passeios preferidos era ir às Lojas Americanas, na rua Direita, comer lanches e tomar sorvetes!
Lembro-me de que ela, meu pai e meu tio Afrânio gostavam muito de visitar-se, sentar-se à mesa e deixar o tempo passar, conversando e tomando uns drinques, rindo, lembrando do passado. Nas festas que meu pai sempre promovia, eles também se divertiam muito, sendo que tia Alda costumava dançar tango com o meu irmão Arnaldo, no que eram muito aplaudidos.
Espírita, constumava freqüentar centros na região do Bexiga, num dos quais ela chegou a me levar e, por eu ser criança, ela achava muito engraçado eu querer ir a esses lugares, e me chamava de Muzambinho.
Em minha vida adulta, já não tínhamos tanto contato. A última vez em que a vi foi quando ela foi à casa de meu pai, no aniversário dele, o último que comemorou antes de morrer (isso já faz uns cinco anos e pouco), no qual meu pai fez um grande churrasco que foi um arraso! Porém, falei com ela por telefone há mais ou menos uns três meses, quando liguei pra convidá-la pro meu casamento (mandei o convite por meu primo). Ela disse que gostaria muito de ir, mas que estava às voltas com a mudança e tudo o mais, mas desejou-me felicidades.
Alda, uma pessoa que viveu até certo ponto de maneira modesta, mas que procurou sempre viver o momento, e da qual trago boas lembranças, de sua beleza, simpatia e alegria e dos momentos em família que passamos. Obrigado, tia! Até mais ver.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Aforismos

Guilherme Guimarães era um mestre dos aforismos, nos quais refletia sobre a sociedade de sua época. Não chego ao ponto de ser um mestre , mas como gosto do formato permito-me exercitá-lo, só para sair um pouco da mesmice dos filósofos antigos, poetas geniais e empresários bestas.

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Deus dá asas a quem não sabe voar. Então vou trabalhar pra ver se compro um par pra mim!

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Quem fala que não se pode compreender o que as mulheres pensam naturalmente não sabe o que diz. Mas ainda assim está certo!

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A coisa anda tão feia que mendigo está se reciclando para tentar arranjar outro emprego melhor, porque esse não está dando mais nada!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Amigos


Cara, outro dia perguntei a um amigo meu qual era o Orkut dele. Ele me disse qual era, mas disse que não ligava mais muito pra essa história de Orkut. Perguntei por quê, ao que ele disse que tinha encontrado milhares de antigos amigos no site, todos programando uma tal reunião que na verdade, não acontecia nunca! Na verdade acaba-se colecionando amigos virtuais!

Mas é a correria dos nossos tempos! Talvez o mal desse século! E vai se adiando, adiando... Chega a um ponto em que até as datas mais relevantes da vida de nossos amigos são deixadas de lado! Mas há uma justificativa justíssima: sempre se tem outros compromisso mais inadiáveis (como ler e-mails e navegar na internet...) e então os menos inadiáveis (como participar da vida social) acabam ficando pra trás. Bem, that's life...

Há uns vinte anos atrás um outro amigo escreveu que o clima das amizades estava diminuindo, pois antigos amigos sumiam e outros inesperadamente surgiam. Acho que isso continua verdadeiro! Felizmente tenho o privilégio de manter alguns de meus amigos e ainda falar com eles de vez em quando.

Sabe, também já pensei em reuniões, mas nunca todo mundo está disponível no mesmo dia. Então, viva os amigos virtuais!

Abraços a todos os meus amigos, virtuais ou não.


Bill


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Diário Mensal







Acho este título ótimo, mas infelizmente não é meu...Foi inspirado numa espécie de confessionário escrito que meu irmão Arnaldo criou uma vez, que misturava planejamento financeiro com desabafos e conversa à toa que ele escrevia num cadernão universitário (que no começo tinha duzentas folhas, mas depois ia ficando fino, porque ele ia arrancando as folhas, arrancando, arrancando...) Não pretendo ser diário, muito menos mensal, mas o negócio do desabafo... Faz-me lembrar daquelas coisas de "querido diário", o livro passando a ser um confidente...
Dizer livro não é um ato falho. Meu amigo Heraldo disse que tinha vontade de escrever um livro, e começou a escrever um blog! Bom, pelo menos talvez alguém leia, não é mesmo? Afinal esse mesmo irmão Arnaldo escreveu um livro há anos atrás, e eu nem mesmo digitei ainda (mas ainda o farei...). Uma vez também ele resolveu anotar seus sonhos. Arranjou uma cadernetinha e quando acordava ia lá e anotava. Eu e meu outro irmão, o Marcelo, nos animamos também e começamos a ditar os sonhos para ele anotar. Será que ainda existe esse caderninho? Onde estarão os nossos sonhos? (Engraçado, de alguns eu ainda me lembro...Será que é porque um dia nós os anotamos?).
Outro que se interessava em escrever era meu pai. A vida inteira dizia que ia fazer um livro contando sua vida, um livro que ia ser dez, um arraso, talvez um best-seller! Uma vez, quando eu tinha uns dez anos de idade, ele começou, num caderno pequenininho, a escrever sua grande obra. Fomos a alguns lugares importantes de sua vida pra tirar umas fotos... Escreveu uns dois ou três capítulos com grande entusiasmo e parou.
Anos mais tarde, comecei a gravar uma entrevista na qual ele contava sua vida e suas peripécias! Gravei duas fitas cassete de sessenta minutos, onde ele narrava uma série de histórias do início de sua vida. Meses mais tarde ele deixou esse mundo físico, e a entrevista ficou incompleta. Os capítulos que ele tinha escrito no caderninho, minha mãe nunca encontrou (talvez tenham se perdido na enchente que enfrentamos quando morávamos em Edu Chaves...) Porém, acho que uns dois meses antes de passar para o outro lado, tinha começado a escrever outro livro, desta vez num caderno universitário (este está lá, guardado. Eu vi...) em que escrevia mais uns dois ou três capítulos de sua vida (mas, interessante, diferentes daqueles que ele tinha escrito no caderninho, pois ainda me lembro dele um pouco).
Eu mesmo já comecei a escrever umas coisas... Também sei lá onde foram parar! Já estes escritos eu sei que estão aqui (pelo menos por enquanto).
Os blogs acho que tem sua vantagem (digo acho porque eu não sei nada a respeito deles): são como pessoas vivas: de vez em quando você vai lá e dá uma olhadinha! (já dos mortos a gente tem de ficar procurando vestígios e motivos de sua passagem pela Terra). E quando a gente cansa, para de escrever, sem precisar fazer revisão (pelo menos, eu não pretendo fazer nada!!).
E se não tiver vontade, não precisa escrever nunca (essa pode ser a primeira e última vez...)
Falando nisso, já cansei!